Esta noite, as palavras abafaram a vontade de um desejo
A minha boca foi uma arma silenciosa,
foi aço rosa enferrujado...
não disparou uma rajada
A minha boca foi uma arma silenciosa,
foi aço rosa enferrujado...
não disparou uma rajada
Esta noite, as palavras deitaram-se na minha almofada alva de cambraia
Não adormeceram...
Simplesmente se silenciaram
Abandonaram-me
Partiram de mãos dadas com uma lua de prata que espreitou a minha janela
Voaram entre o céu e o mar
e brilharam no azul-escuro do infinito
Quisera eu ser um anjo e resgatar as minhas palavras
Trazê-las de volta para a minha almofada alva de cambraia
Mas eu não sou anjo...
Aguardo à minha janela
e espero mergulhada na noite quente
que brinca com as sombras
e se refresca com os leques de uma palmeira que repousa no meu jardim.
Desejo eu agora,
que esta noite não seja eterna...
que as minhas palavras abandonem a prata da lua
e regressem abraçadas ao sol da próxima aurora.
imagem:google
com carinho
Mz
4 comentários:
E voltarão como o pedes. Aquecidas pelos tímidos raios de sol que molhados ainda de orvalho tas entregarão qual beijo selado.
;) bjto
E como é bom deleitar numa almofada de cambraia todos os nossos pensamentos ....
Lindo amiga .... Bj
MZ...
Tivemos a mesma inspiração!
Também lalo no meu blog sobre as palavras...
Ternos beijos!
As palavras abandonam-nos e muitas vezes ainda bem...
Elas voltam reforçadas, amadurecidas e mais sábias.
bjs
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