sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Da terra molhada.

 


Oferecem-me cestos cheios das suas vidas, a cada intervalo das chuvas sempre que entram e saem dos quintais. Num desembaraço de morte rápida, arrancam hortaliças da terra molhada e, dizem sentir as mãos frias, como um coração morto. Das suas vozes abafadas pelas máscaras sociais, saem as dores do mundo nestes murmúrios de mulheres da aldeia.


                                                                                   (clica na fotografia para melhor imagem)