O meu minuto de silêncio foi um afogado. Não foi silêncio. Foi
um fracasso de 60 segundos entregues os sons do terrorismo invalidando a minha
intenção de se elevar a um chamamento de paz. Fundi-me mais com a confusão e a
raiva acumulada que sinto pelos homens dos cintos de bombas em nome das mais
vis ideologias da humanidade e à mais temível de todas as guerras. E
questionei-me porque me doeu tanto e tão mais que outros, Paris?
- Pelo óbvio.
Porque é mais meu, porque é mais perto de mim e porque são maiores os afectos.
E do silêncio, foi isto que tive num minuto.
mz
fotografia da minha
autoria,
Mz