Texto e fotografia,Mz
Espreita-se o campo como ave de
asa curta, passo vagaroso, corpo que marca a terra. Sem nunca descolar,
insistimos ser leves e repetimos a passada desabotoando o caminho desta arena
florida. Parecemos espantalhos afugentando os bichos. O burburinho natural
quase silêncio transforma-se num alvoroço livre de bate asas, chilreios,
grasnados, zumbidos, piados. Depois de todos espantados, o ramalhar suave das
ervas, onde o olhar descansa fresco como se fosse mar.
(passeios pelo campo)