terça-feira, 14 de novembro de 2017

Presa aos bichos.

Texto e fotografia,Mz



Estou presa aos bichos, ou melhor, fascinada com as poses, com as cores e, acima de tudo com os pormenores de que são feitos – a beleza do detalhe. Acautelei-me com o Sr. Carneiro e a sua esposa – Ovelha, que se deixaram fotografar, mas, sempre de olhar fixo e intimidativo. Os bichos domésticos às vezes são perigosos. Estão lá em baixo, naquele lugar de sol e sombra, naquela luz magnífica de outono, que já vos falei anteriormente, aqui . Lamentamos a falta de chuva que enquanto não chega, fruímos já do frio das manhãs e entardeceres. Tudo o que o sol faz emergir da terra, fumega como se cozinhasse a aldeia, por vezes, um vento que arrasta folhas e a calmaria da terra, pó molhado de orvalho. Depois, os alvoroços das aves de capoeira que parecem umas tontas, umas cabeças no ar cheias de nervos que ao mais pequeno barulho, movem-se impacientes levantando as asas, e, as penas que já se lhes desprenderam.