Texto e fotografia,mz
Quando calçamos as botas altas, botas do campo, que afogueiam agora que o calor aperta, nunca há desconforto - apodera-se de nós uma aventura campestre, o desejo e a expectativa das surpresas simples e silvestres. Ainda existe lama nas poças junto ao rio, e os arrozais estão verdes,
tenros como quem acaba de nascer. Diz a mãe, que em Abril, já saiu a cobra do
covil, por isso, as botas altas têm de ser calçadas para se fazerem estes
caminhos. De manhã cedo, fotografa-se com poesia no olhar; é o campo - as ervas
altas a perderem o viço, as estações a segredarem que o Estio se aproxima e dizemos:
- Adeus papoila e pampilho-das-searas, até à próxima Primavera!