quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ver...


Hoje não me apetece escrever sobre o tempo ou sobre pessoas...
Não me apetece olhar para o relógio nem para o calendário.
Hoje, o que me apetece é, VER.
Ver para além do óbvio.

Talvez careça de um objecto que aumente o que eu não consigo ver com evidência. Ou mesmo um objecto que me mostre o que não vejo.
Talvez um aparelho sofisticado bem ao estilo dos grandes laboratórios científicos. Qualquer coisa que me amplie milhões de vezes as coisas que eu não consigo enxergar a olho nu. Talvez eu nem queira ver nada. Nada! Nem mesmo o que se me depara pela frente com óculos de ver ao perto e ao longe. Óculos não! Não uso óculos.
Voltando aos objectos...
Talvez uma lupa ou um par de binóculos me ajudassem a ver tudo mais nítido e, o que se me apresenta longe, se torne mais próximo de mim. Próximo, tão próximo ao ponto de desfocar completamente e tudo se tornar numa mancha branca onde eu poderei finalmente desenhar o que quero para hoje.

Deixar o céu em branco, pintar nuvens de azul.
Desenhar um sol alaranjado de olhos esbugalhados e sorriso muito rasgado.
Uma casa amarela com uma chaminé sem fumo.
Uma flor em cada vaso no jardim.
Árvores com laranjas e maçãs penduradas.
Um homem e uma mulher de mãos dadas num caminho simples, sem encruzilhadas e sem curvas até ao infinito.

Esquecer o complicado.
Ser infantil, básica e simples.




Imagem :Google




Com carinho
Mz