Texto e fotografia,mz
Maio em exaltação quando se revelam as cores dos pássaros, a
graça das poses e a delicadeza dos bicos que também aguilhoam. Um aguilhoar
natural, sem as políticas do homem. São pássaros em sobrevivência. São
pássaros. Como eles, apenas o seremos na poesia. São nossos bicos, as bocas que
adoçam e que lançam o fel da guerra, nas palavras que saem. Somos homens,
não somos pássaros.