A observação de aves tem um lado solitário em que nos
conectamos com a natureza e ficamos quietos. Depois do avistamento de uma
espécie, os nossos passos são lentos, os movimentos suaves. Camuflamo-nos e
esperamos. Pratica-se a paciência. Ficamos confinados. Queremos a melhor
captura fotográfica.
Estabeleço aqui um certo paralelismo com o que a humanidade hoje
é confrontada. Forçados a praticar essa paciência, o confinamento para a
sobrevivência a esta guerra até vencer o inimigo invisível, a quem já todos
chamam, o Cisne Negro. Coronavírus COVID-19.