Antes que me esqueça dos
pormenores, escrevo à velocidade possível, no equilíbrio das forças centrífugas
do alfa pendular, para descrever os opostos da atração física e afetuosa do ser
humano. Tudo o que, no meu discreto olhar fugidio e visão periférica me dá,
conto-vos do rapaz de cabelos compridos, um pouco gótico no vestir que não se cansa
de roubar beijinhos nos cabelos castanhos da menina vestida de cor-de-rosa.
Toda cor-de-rosa! Entrou de saia curtinha de balão rosa pálido e ao sentar-se
ao meu lado com o corredor a dividir-nos, traçou a perna, fazendo brilhar, ainda
mais, o verniz das sabrinas rosa fúcsia. De vez em quando, ajeita o blusão de
pele rosa bebé e enrosca-se mais ao namorado. É uma autêntica ternura de cores aquele aconchego. Esquecendo o mundo, estes dois visuais singulares, depenicam beijos nos lábios como
quem depenica algodão doce naquela cor de Bubble Gum.
mz
imagem do ilustrador Brasileiro Gustavo Rosa
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