terça-feira, 21 de julho de 2009

Palavras



Esta noite, as palavras abafaram a vontade de um desejo
A minha boca foi uma arma silenciosa,
foi aço rosa enferrujado...
não disparou uma rajada

Esta noite, as palavras deitaram-se na minha almofada alva de cambraia
Não adormeceram...
Simplesmente se silenciaram
Abandonaram-me
Partiram de mãos dadas com uma lua de prata que espreitou a minha janela
Voaram entre o céu e o mar
e brilharam no azul-escuro do infinito

Quisera eu ser um anjo e resgatar as minhas palavras
Trazê-las de volta para a minha almofada alva de cambraia
Mas eu não sou anjo...
Aguardo à minha janela
e espero mergulhada na noite quente
que brinca com as sombras
e se refresca com os leques de uma palmeira que repousa no meu jardim.

Desejo eu agora,
que esta noite não seja eterna...
que as minhas palavras abandonem a prata da lua
e regressem abraçadas ao sol da próxima aurora.


imagem:google
com carinho
Mz

4 comentários:

  1. E voltarão como o pedes. Aquecidas pelos tímidos raios de sol que molhados ainda de orvalho tas entregarão qual beijo selado.
    ;) bjto

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  2. E como é bom deleitar numa almofada de cambraia todos os nossos pensamentos ....

    Lindo amiga .... Bj

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  3. MZ...

    Tivemos a mesma inspiração!
    Também lalo no meu blog sobre as palavras...

    Ternos beijos!

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  4. As palavras abandonam-nos e muitas vezes ainda bem...
    Elas voltam reforçadas, amadurecidas e mais sábias.
    bjs

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Saber que alguém me lê, é bom.
Retribuirei a vossa visita com muito gosto.Obrigada