Tempo a tempos, o espírito pede-me idas à missa. Pediu-me hoje e eu disse que não.
- Hoje não te levo, hoje vamos os dois ver o mar.
E o espírito sossega por uma temporada. Depois vai voltar e dizer-me que a igreja ficou esquecida. E vai crescendo uma vontade de lhe gritar e chamar-lhe todos os nomes impróprios para um chato invisível.
- Meu caro, quando chegar a hora iremos os três. Eu, tu e uma estranha inquietude que não consigo explicar.
Fotografia do blogue The Lisbon Diary
Pátio D. Fradique (Castelo)
Original, escrito e publicado,
Mz