sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

A floresta perto de casa.

 






  Ter a floresta perto de casa e, a sorte de poder oxigenar o cérebro.
Terapia sem preço em tempo de confinamento social.


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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Da terra molhada.

 


Oferecem-me cestos cheios das suas vidas, a cada intervalo das chuvas sempre que entram e saem dos quintais. Num desembaraço de morte rápida, arrancam hortaliças da terra molhada e, dizem sentir as mãos frias, como um coração morto. Das suas vozes abafadas pelas máscaras sociais, saem as dores do mundo nestes murmúrios de mulheres da aldeia.


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Flores de inverno.





Quando escrevo as primeiras páginas da década, as flores estão cobertas deste janeiro branco. Lá, no jardim sempre que é inverno, encontro-as como um arrumo de gavetas cheias daquelas flores feitas de uma espécie de veludo. A macieza e a doçura como um pó de amor que só temos nos jardins das nossas mães. O trato como se fossem filhos e, o início de um livro com o frio conhecido no tempo certo. 

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Primeiros dias do ano, 21.

 



Regresso com este abraço de palavras que escrevo com o olhar diário das fotografias. Com os passos a estalar o chão vidrino, andei nas geadas brancas dos dias primeiros do ano. A sinopse da esperança, tem esta cor de geada branca e, no entanto, sinto um fogo na alma que contraria o frio de inverno. A beleza do branco. A beleza do branco, concentra a projeção da calma, do novo, do sem mácula. A ilusão de um aconchego em lã de merino e, um querer adormecer na alvura que apaga o ruído inquietante das coisas que temo.

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Neste regresso ao confinamento social, deixo ânimo e esperança para todos e, que o ano 21, ilumine o nosso livre arbítrio.