Com os sorrisos escondidos em máscaras de pintinhas, plissam os
olhos de alegria e oferecem-me alfazema. Contam-me as tias. As minhas tias
confinadas. Contam-me que acariciam vezes sem conta os gatinhos que lhes sobem para o
colo. A calçada da entrada, já tem rasto de chinelo, uma estradinha arada de
passos cansados, como as batidas do coração. Dizem ter os sapatos de saltinho, guardados
em bolsas de pano cru, por causa dos bolores. Enfeitam os cabelos com os rolos
antigos, cor-de-rosa e, em cada onda que lhes fica, navegam as memórias e estas
conversas ao postigo.
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