A casa continua com jarras grandes e pequenas espalhadas
pela casa, cheias de azevinho ainda com as bolinhas bem vermelhas e, é assim
que eu gosto, simplicidade e tradição. É só ir ao quintal e colher. Pinheiro?
Não. Há muitos anos que não cortamos pinheiro para a árvore de Natal, os que
existem são enormes e queremos preservá-los rezando para que os fogos não
atinjam a floresta. Tenho os postais de Natal que ainda recebo do tio de Aveiro
e da prima de Lisboa. Adoro. A prima é "modernaça", escreve sempre uma mensagem de Natal em inglês e deseja um Feliz Ano Novo em português. É da forma que lhe deve sair
melhor e é a força da globalização. O tio, é clássico, um postal de Natal com
brilhantes, fundo com neve e estrelas ou o presépio. As coisas vão-se
aconchegando como uma barriga de grávida, ajeitam-se à coisinha pouca, um grão
de afecto e ao coração cheio. Gosto de viver as épocas sem preconceitos, de ser
aquilo que sou e que sinto de verdade. Se faço o Natal acontecer? Seja o
acolhimento um gesto solidário, que diga a jovem estudante estrangeira que
estava só no dia de Natal e, quando eu o soube, surgiu imediatamente o convite sem demora. Veio para nossa casa. Se faço o Natal acontecer que seja um dia no ano, já é bom, para mim tudo fez mais
sentido. Somos milhões.
mz
fotografia
Mz
3 comentários:
Que lindo! Sentimento, ternura e podemos ver que o Natal foi bom e será sempre! bjs, feliz 2017! chica
Um Natal muito bonito, esse que acontece aí.
Continuação de boas festas e e feliz 2017, MZ. :)
que maravilha, MZ.
Bom Ano e um grande beijinho.
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