sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Toda cor-de-rosa







Antes que me esqueça dos pormenores, escrevo à velocidade possível, no equilíbrio das forças centrífugas do alfa pendular, para descrever os opostos da atração física e afetuosa do ser humano. Tudo o que, no meu discreto olhar fugidio e visão periférica me dá, conto-vos do rapaz de cabelos compridos, um pouco gótico no vestir que não se cansa de roubar beijinhos nos cabelos castanhos da menina vestida de cor-de-rosa. Toda cor-de-rosa! Entrou de saia curtinha de balão rosa pálido e ao sentar-se ao meu lado com o corredor a dividir-nos, traçou a perna, fazendo brilhar, ainda mais, o verniz das sabrinas rosa fúcsia. De vez em quando, ajeita o blusão de pele rosa bebé e enrosca-se mais ao namorado. É uma autêntica ternura de cores aquele aconchego. Esquecendo o mundo, estes dois visuais singulares, depenicam beijos nos lábios como quem depenica algodão doce naquela cor de Bubble Gum.

mz 


imagem do ilustrador Brasileiro Gustavo Rosa
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