Enfeitam-se as pedras frias com um calor que não transcende jamais,
a dureza das perdas. É como se as flores que levamos retocassem os afectos e os
transformassem numa aguarela utópica. Um desejo de festa que resgate o inanimado,
em que quase fazemos deste feito, arte. Acendem-se as velas fúnebres e é nesta luz que
perduram falas tão silenciosas e tão íntimas, que apenas cada um sabe das dores
que sente.
mz
fotografia do Diário de Lisboa, blogger
12 comentários:
A dor sente-se no silêncio, na profundeza das emoções, no mais fundo do ser.
Um beijinho, mz
gostei.
obrigada pela visita :)
Da tristeza faz-se festa, braçados de flores que rapidamente murcharão em cima das pedras lisas. As velas iluminarão o caminho de quem anda perdido. Dias especiais para lembrar quem partiu? Nenhum dia é dia de esquecimento.
Gostei de a ler.
muito terno este seu falar dos mortos
um abraço, Mz
palavras lindíssimas!! e gostei da foto também :)
Sentimentos o que fazer; senão acalentar...
Talvez a dor também é que nos faz humanos e
diferentes...
Eu diria que avivamos a saudade.
Um texto muitíssimo bom acerca de um dia bem triste...
Como penso ser a primeira vez que a visito, dei uma vista de olhos no seu blogue e gostei imenso, nomeadamente dos textos e das fotos. Voltarei, por isso.
MZ, tenha um bom resto de semana.
Abraço.
Boa tarde, muito que queiramos evitar a magoa faz parte da nossa vivência.
AG
Boa prosa.
Pelo sim pelo não flores.
Dores!
Pelo sim pelo não
a utopia
deste dia,permanece,
para descanso eterno
o peso da pedra.
Obrigada pelas suas palavras, Jaime Portela, seja bem-vindo!
:)
Cada um sabe onde lhe doi mais,
Belo e triste...mas ficam sempre as flores e o tanto que temos em nós.
Abraço*
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