segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Resgatar o inanimado




Enfeitam-se as pedras frias com um calor que não transcende jamais, a dureza das perdas. É como se as flores que levamos retocassem os afectos e os transformassem numa aguarela utópica. Um desejo de festa que resgate o inanimado, em que quase fazemos deste feito, arte. Acendem-se as velas fúnebres e é nesta luz que perduram falas tão silenciosas e tão íntimas, que apenas cada um sabe das dores que sente.

mz





fotografia do Diário de Lisboa, blogger

12 comentários:

  1. A dor sente-se no silêncio, na profundeza das emoções, no mais fundo do ser.

    Um beijinho, mz

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  2. Da tristeza faz-se festa, braçados de flores que rapidamente murcharão em cima das pedras lisas. As velas iluminarão o caminho de quem anda perdido. Dias especiais para lembrar quem partiu? Nenhum dia é dia de esquecimento.
    Gostei de a ler.

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  3. muito terno este seu falar dos mortos


    um abraço, Mz

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  4. palavras lindíssimas!! e gostei da foto também :)

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  5. Sentimentos o que fazer; senão acalentar...
    Talvez a dor também é que nos faz humanos e
    diferentes...

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  6. Eu diria que avivamos a saudade.

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  7. Um texto muitíssimo bom acerca de um dia bem triste...
    Como penso ser a primeira vez que a visito, dei uma vista de olhos no seu blogue e gostei imenso, nomeadamente dos textos e das fotos. Voltarei, por isso.
    MZ, tenha um bom resto de semana.
    Abraço.

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  8. Boa tarde, muito que queiramos evitar a magoa faz parte da nossa vivência.
    AG

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  9. Boa prosa.

    Pelo sim pelo não flores.
    Dores!
    Pelo sim pelo não
    a utopia
    deste dia,permanece,
    para descanso eterno
    o peso da pedra.

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  10. Obrigada pelas suas palavras, Jaime Portela, seja bem-vindo!

    :)

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  11. Cada um sabe onde lhe doi mais,
    Belo e triste...mas ficam sempre as flores e o tanto que temos em nós.
    Abraço*

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Saber que alguém me lê, é bom.
Retribuirei a vossa visita com muito gosto.Obrigada