A burguesa mal formada veste roupinhas sem graça mas que
custam salários mínimos à peça. O gosto é relativo. Não obstante, o querer
aparentar ser coitadinha na simplicidade da imagem, compromete a falsidade, na
arrogância do olhar frio e nas palavras pedantes. Cabeça de nicho, onde
promessas de leite e mel que se trocam por fidelidade a esta peça, desfeada
bem-nascida. Certa, está a minha melhor amiga, que tem as mãos envelhecidas do
sol de tanto escavar e pincelar artefactos que testemunham a nossa história, e
no seu vagar, me faz ver que esta aldeia já foi foral de El Rei D. Afonso
Henriques. Terras de caça e vassalagem que correm no sangue de quem nasceu
pobre ou rico e ciranda por aqui. - Amiga, tenho dias que me apetece fugir.
mz
10 comentários:
Quando as pessoas querem aparentar uma coisa e são outra, não há nada a fazer: há sempre algo que as trai.
Tenho umas imagens para emoldurar, do João Vaz de Carvalho, que saíram há anos não sei em que revista. Guardei-as. São curiosos os desenhos dele.
Bom fim-de-semana:)
Não se pode fugir daqui
E, por vezes, temos de fugir mesmo... para depois voltar outra vez.
Um beijinho, mz
compreendo perfeitamente!! força :) beijinhos
Isabel,
Eu fiquei rendida ao João Vaz de Carvalho depois de ver uma exposição dele no Centro Cultural de Cascais. Gosto imenso da forma surreal e humorística das suas obras.
Bom domingo :)
Mar arável,
podemos sempre um dia ir a Marte, agora que se descobriu água ;)
Miss Smile,
fugir e arejar, depois regressar! No entretanto, descobrimos que somos "peões" desta sociedade e fazemos falta para a equilibrar.
Beijinhos
novo post lá no blog, minha querida :D beijinhos
Já vi e adorei!
A albarda só pode piorar a pileca que se arvora em égua.
Enviar um comentário