Faz-te à escrita!
Escrever algo com sumo, dá trabalho. E, para quem não saiba,
não se apanham ideias como quem apanha fruta da árvore. É preciso ter queda sem
se cair na tentação de nos desviarmos do que a fábrica nos pede. A gerência
está atenta, mas não usa lápis azul, por isso, dá-nos liberdade. Não censura e é
imparcial. Eu gosto disso. Contudo, a fábrica limita-nos a criatividade com
aqueles temas impostos. Temos de nos contentar apenas com as palavras em
paletes, esse material guardado à espera de ser esgotado. Estantes de letras em
stock, separadas em caixas de A a Z. Letras e mais letras obedecendo à gestão
de regras administrativas. Tudo registado para que não faltem as quantidades
certas a produzir textos e reflexões à medida de uma encomenda. Estão a
imaginar uma fábrica assim? Ela existe e eu escrevo a encomenda nº 44.
Mz
Fábrica de Letras
Imagem: Pintura de Fernando Botero
20 comentários:
Eu cheguei a enviar, no início, uma ou duas colaborações para os temas escolhidos pela Fábrica de Letras; mas foram colaborações que eu já tinha feito no passado e que se enquadrava no tema escolhido.
Sempre tive algumas reservas sobre escrever de "encomenda" sobre um certo tema. Por isso desisti...
E quer-me parecer pelo abaixamento do número de colaborações enviadas, que as pessoas começam a estar um pouco saturadas deste tipo de situações que foi muito válido e original.
João,
A "Fábrica de Letras" está à procura de alguém para dinamizar espaço. Uma lufada de ar fresco... vamos ver se aparece alguém com um conceito diferente.
Penso também que as redes sociais retiraram a entrega e a dinãmica inicial que fábrica teve. Vamos ver...
Bj*
Te colocaste muito bem nessa participação e tua encomenda 44 foi bem destinada! beijos,chica
Preparar o terreno, plantar a palavra, aprumá-la, regá-la, podá-la, até que as ideias floresçam, frutifiquem e se transformem em sumo, dá muito trabalho.
Mais fácil do que apanhar a fruta da árvore é ir ao super-mercado.
:)
Chica,
é na verdade a encomenda 44 :)
Bjs
Rui, essa foi a ideia que ia surgindo conforme ía escrevendo. É que a administração da "Fábrica de Letras" pensa que um operador de máquina de escrever é ele próprio uma máquina, mas não é! As ideias não surgem na ponta dos dedos.
:)
Voltei pra agradecer os carinhos e vamos ,ESPERO, POR MUITO TEMPO, juntas como operárias dessa fábrica...beijos,chica
Também espero que assim seja, Chica!
Bjs**
44, tem uma vantagem
pode ser lida da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda
ou então, Letras de Fábrica
seja como for, a imaginação vai a galope!
um abraço, Mz
Há muito que não passava por aqui, nem pela fábrica nem por tantos outros lugares que me são queridos.
Vou tentar saber dessa encomenda, pois apesar de escrever por necessidade , acho os desafios da fábrica interessantes.
Bjs
Manuela Baptista, é uma fantástica observadora!
Um abraço para si também.
Não me esqueças,
já lá vai algum tempo sim... mas é difícil esquecer "Um Chá no Deserto" e os cadernos de capas especiais.
É bem verdade que "cozinhar" uma participação é muito mais do que ir às compras pelas palavras...lol mas tu consegues sempre escrever como se fosse fácil! Bravo! =)
Briseis, então um bravo a todos os colaboradores da Fabrica de Letras!
Bj**
Mz,um belo texto e muito profunda análise da Fábrica de letras.Um site maravilhoso e que nos proporciona a interação.Espero que continuem!Bjs e meu carinho,
Anne Lieri, a Fábrica de Letras, proporciona-nos um belo exercício de escrita, sem dúvida. Também espero que continue.
Bjs
E que bem encomendado foi, pelo resultado final ;)
E o resultado final, com todos os colaboradores ficamos por um empate... todos ganhamos!
;)
MZ,
não sei qual é o número da minha encomenda, mas tenho a certeza que é menor que 44. Pela minha parte espero poder chegar à encomenda 44 e até passá-la.
Se existem vícios que fazem bem à saúde, trabalhar para a Fábrica é sem dúvida um deles.
Eu concordo contigo, é um bom vício!
:)
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