terça-feira, 25 de julho de 2017

Todos bem-dispostos


Texto e fotografia,Mz
(Évora)


As conversas e a arquitectura da cavaqueira que tanto bem nos faz, é uma arte espontânea, basta aparecer um ou dois interlocutores mais efusivos para se tornar uma bela noite. Nós à mesa num alarido desordenado, exteriorizando, como magia, imagens assentes nas vivências e, até alguma especulação pelo meio. O mais fervoroso a fazer-nos rir com o seu jeito fantasioso que tem de se explicar, porque da boca dele, as palavras saem como filme. E logo, a memória dos nossos pais a namorarem ao som de canções românticas dos anos 60/70 e, os nossos filhos que nem sabem metade das angústias que temos só de sabermos que já fazem sexo. Os filmes que fazemos das memórias boas e das angústias presentes, que com um copo a mais, nos levam às lágrimas de tanto riso. Depois, descemos a rua, cansados e cheios de felicidade.