sábado, 26 de dezembro de 2020

Árvores que são Estrelas.

 




Sussurraram sons de floresta. O Carvalho deu a ordem. Então, o Pilriteiro abanicando as bagas vermelhas, levantou as raízes e apontou o caminho estreito. Toda a floresta se movia. O tojo de flores amarelas, roçava-me o vestido em jeito de pressa:
- Vamos todos ver as Liquidâmbar! 

A aves pequeninas, esticando os seus bicos, mais curvos ou mais direitos, eram os sinaleiros do caminho. Sentiu-se o cheiro a resina e elas lá estavam; perfeitas. Como um presente da natureza, transportaram-me para as estrelas. Todos os habitantes do Livro das Folhas Verdes baloiçavam em jeito de adeus.

Acordei e já era Natal.


VIII - Fim do conto: Livro das Folhas Verdes

Original, escrito e publicado.

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