sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A primeira prenda de natal - terceira cena de dezembro





A noite não estava gelada, apenas fria e húmida, e parecendo um bando de gralhas, tagarelávamos alegremente soltando lembranças de infância resgatando a amizade que foi nossa, tão inocente e infantil. Nos melhores agasalhos que vestíamos e nos passos desembaraçados, quase corridos, acalorávamos corpo e alma. Foi um misto de conforto e pelo meio, um arrepio cá dentro quando a amiga que mais marcou a minha infância, diz-nos com alguma tristeza que no geral, tem memórias pouco claras. Uma ténue lembrança de rostos, e as dedicatórias nos livros oferecidos nos aniversários. Ontem, reconstituímos as nossas histórias e partilhá-las, foi como se déssemos a melhor prenda de natal umas às outras. E depois acalmámos. 



mz



fotografia do blogue, Diário de Lisboa
 aqui