segunda-feira, 7 de maio de 2012

Fado




O Tejo chorando seus ais,
Renegado sozinho bebia
Remoi desgarrado a um  canto,
Uma doce melancolia.
Andorinha de barro colada,
Numa parede já velha
Vigia copos de vinho,
Na mesa da casa caiada
E no xaile negro da noite,
Um eco naquela viela,
Solta a palavra chorada...
Arruma a franja caída,
Em jeito fadista, é Lisboa!


Acordes de uma guitarra
No colo quente da gente,
Que canta fado com garra
Fatal sabedoria,
Ouro puro e tradição,
Ditar destino da vida
Na pauta de uma canção.








imagem: fotografia "Desta Janela..."
do blogue Lado B-B Side
Tema: Destino



Original escrito e publicado...
Mz