domingo, 13 de agosto de 2017

Moinhos de Vento

 Texto e fotografia,Mz


As memórias da Quinta com o moinho de vento. Ele gigante e eu pequenina. O vento a fazer rodar e a água a correr rego fora ao encontro do milho. Eu tonta de tanto olhar, não me encantava. O que eu gostava mesmo eram os de papel colorido que guardava da festa de verão. Era de festa a festa, de ano a ano, ao mesmo tempo do anel de lata. E era rodopiar, rodar a saia, correr, correr a rasgar o vento e o brinquedo, até à queda e a cicatriz. Um pontinho minúsculo na maçã do rosto que acaricio agora. Assim acabaram os moinhos de que eu gostava e me sobrava apenas este,  o gigante. 

(moinho de vento recuperado, não é o gigante das minhas memórias,contudo, transportou-me)