segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Manhãs de nevoeiro.

Texto e fotografia,mz




Janeiro tem dias cinzentos como é suposto que seja. Não há nada a fazer. Na aldeia aceitam-se bem. O sol parece a lua, as árvores parecem mortas. A paisagem é sensorial; pode ser soturna, pode ser mágica, pode ser misteriosa, calma ou medonha. Os dias cinzentos são uma riqueza de ambiguidades. Estes dias desprovidos de cor são como um caderno a estrear, tudo é mais limpo, tudo é mais silêncio e a introspecção é mais profunda. Se tivermos a oportunidade de nos fundirmos com o nevoeiro, parece que o tempo deixa de existir. É uma sensação de calma extrema, o foco, é apenas o momento e passamos a gostar dos dias assim, porque também sabemos, que dias virão com todas as cores.