sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Da terra molhada.

 


Oferecem-me cestos cheios das suas vidas, a cada intervalo das chuvas sempre que entram e saem dos quintais. Num desembaraço de morte rápida, arrancam hortaliças da terra molhada e, dizem sentir as mãos frias, como um coração morto. Das suas vozes abafadas pelas máscaras sociais, saem as dores do mundo nestes murmúrios de mulheres da aldeia.


                                                                                   (clica na fotografia para melhor imagem)

9 comentários:

chica disse...

Belíssima foto e colheita,além das palavras,claro! beijos, chica

Fê blue bird disse...

Não sei qual gosto mais, se a beleza da foto se a sensibilidade das palavras.

Parabéns!

Beijinho

Cidália Ferreira disse...

É o que temos de bom, a horta, com boas coisas! :)
*
Há prosas que contam estórias
*
Beijo, e um excelente fim de semana.

Os olhares da Gracinha! disse...

Mas que bela colheita!!! Bj

Jordi López Pérez disse...

Imatges i paraules van a una. M'agarada!
Una abraçada.

hanna disse...

Hermosa foto en perfecta conjuncion con tus palabras. Beso

Pedro Coimbra disse...

Que aspecto tão fresco!!
Bjs, boa semana

Graça Pires disse...

Generosas as mulheres da aldeia. Com afectos escondidos por trás da máscara.
Lindíssima fotografia e excelente texto.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

CCF disse...

Que bonito!
~CC~