terça-feira, 1 de outubro de 2019

Até ao fim dos dias.



Trouxeram-nos lenha para o inverno. Grossos pedaços de madeira seca com conversas de mulher robusta, que sem se cansar, falou dos fogos, dos vizinhos, das doenças e do maldito cancro que lhe arrancou um pedaço de mama. É uma desenvoltura na língua, no bracejar da carga que deixou, e um desembaraço nas ordens ao marido de poucas falas. Arrecadou o dinheiro e abalou tagarelando palavras que já não conseguimos entender. 
Deliberadamente a exaustão da sobrevivência onde se arrancam pedaços do corpo e do planeta até ao fim dos dias.


8 comentários:

chica disse...

Palavras de tristeza,tratando dessa doença que não para de vítimas fazer. TRISTRE! beijos,m chica

Jesús Castellano disse...

Bonitas fotografías, me gusta en especial la primera, por el juego de luces y sombras.

Saludos.

Clara disse...


A luta pela sobrevivência é muito cruel...
As tuas fotos vestem bem as tuas palavras.
Um post verdadeiramente outonal, quer em sentido real, quer em sentido figurado.

Fico à espera de ver os teus registos mais coloridos, com as cores vermelhas das romãs ou das maçãs da porta da loja.

Beijinhos de boas vindas
(^^)

Os olhares da Gracinha! disse...

Adoro os olhares e o texto!?... uma bela surpresa! 👏

silvia de angelis disse...

Immagini spettacolari di una natura che incanta. Molto belle
Un caro saluto,silvia

Cidália Ferreira disse...

Adorei as imagens!!


Beijos. Boa noite

JUAN FUENTES disse...

El mundo de las fotos es muy interesante
solo se necesita mucha constancia

Agostinho disse...

É uma maravilha achar
a Natureza a gemer de vida

Bonitas, MZ
Bj.