segunda-feira, 25 de junho de 2018

Coisas da chuva

Texto e fotografia,mz




O meu peito.
 Não sei se o enfeite de rosas ou de outras coisas de onde as rosas nascem.
O meu peito exposto e enfeitado.
Um rosário de brilho e rendo-me a esta chuva.
 Escrevo com a fotografia
No meu peito.


(folha de roseira depois da chuva)

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Solstício de Verão

Texto e fotografia,mz



É o sol mais alto,
Um segundo.
Um segundo a mais do que ontem,
 E nasce o Verão.

Com olhos de ver o pormenor, deixo Hibisco e Agapanto
que se abrem para nós. 


(do meu jardim, a celebrar o primeiro dia de Verão com a magia da 'macro)

Bem-vindo!

terça-feira, 19 de junho de 2018

Dizer adeus à Primavera.

Texto e fotografia,mz


Quando calçamos as botas altas, botas do campo, que afogueiam agora que o calor aperta, nunca há desconforto - apodera-se de nós uma aventura campestre, o desejo e a expectativa das surpresas simples e silvestres. Ainda existe lama nas poças junto ao rio, e os arrozais estão verdes, tenros como quem acaba de nascer. Diz a mãe, que em Abril, já saiu a cobra do covil, por isso, as botas altas têm de ser calçadas para se fazerem estes caminhos. De manhã cedo, fotografa-se com poesia no olhar; é o campo - as ervas altas a perderem o viço, as estações a segredarem que o Estio se aproxima e dizemos:

- Adeus papoila e pampilho-das-searas, até à próxima Primavera!



sexta-feira, 15 de junho de 2018

Voar com as asas de Andorinha

Texto e fotografia,mz




Aguardávamos ansiosos num desassossego triste, numa inquietação irremediavelmente cinzenta, confusão que complica a vida, que baralha a esperança - controversa Primavera - são proibidos sonhos escondidos e biombos misteriosos na alma; aguardávamos esta Primavera, esta do chilrear ao sol. Abrimos agora o peito, e na seda de um robe exótico, deslizam suaves os voos das andorinhas.

Andorinha-das-chaminés,
(hirundo rustica)