sábado, 7 de abril de 2018

A súplica das árvores.


 Texto e fotografia,mz


A prosa é minha e o sentido das palavras que acompanham estas árvores. Elas não sabem o que lhes sussurrei nem que me ajoelhei no chão molhado para as trazer aqui, assim, parecendo uma súplica a bradar aos céus. Também desconhecem quem lhes deu esta forma de gadanhos grossos e abrutalhados, refreando o seu agigantar. As chuvas exageradas deram-lhe um espelho que lhes confunde os ramos com as raízes, e também não querem saber disso para nada. Esperam apenas um sopro morno de Abril que lhes despontem as folhas tenras, e lhes devolva de novo as vestes.