segunda-feira, 15 de maio de 2017

Fresco como se fosse mar




Texto e fotografia,Mz




Espreita-se o campo como ave de asa curta, passo vagaroso, corpo que marca a terra. Sem nunca descolar, insistimos ser leves e repetimos a passada desabotoando o caminho desta arena florida. Parecemos espantalhos afugentando os bichos. O burburinho natural quase silêncio transforma-se num alvoroço livre de bate asas, chilreios, grasnados, zumbidos, piados. Depois de todos espantados, o ramalhar suave das ervas, onde o olhar descansa fresco como se fosse mar.






 (passeios pelo campo)