Este Setembro, se não vos trouxer Cegonhas, é porque não sei
onde elas andam, vadiam os filhos crescidos e os voos, são agora mais
demorados. Na delonga de uns, permanecem outros. São as Garças. Brancas, tão
brancas como lençóis franzidos de renda antiga no abrir das suas asas. E, sem pedir
licença, arredando todo este verde que nos salva, despontem um olhar alado no
caiado da igreja, na arquitetura das gentes. Trinquem os bagos de uva, espantem
o pardal da espiga e sintam-se em casa neste meu canto, quadros da minha
aldeia.