A noite não estava gelada, apenas fria e húmida, e parecendo
um bando de gralhas, tagarelávamos alegremente soltando lembranças de infância resgatando
a amizade que foi nossa, tão inocente e infantil. Nos melhores agasalhos que
vestíamos e nos passos desembaraçados, quase corridos, acalorávamos corpo e
alma. Foi um misto de conforto e pelo meio, um arrepio cá dentro quando a amiga
que mais marcou a minha infância, diz-nos com alguma tristeza que no geral, tem
memórias pouco claras. Uma ténue lembrança de rostos, e as dedicatórias nos
livros oferecidos nos aniversários. Ontem, reconstituímos as nossas
histórias e partilhá-las, foi como se déssemos a melhor prenda de natal umas às outras.
E depois acalmámos.
mz
fotografia do blogue, Diário de Lisboa
6 comentários:
Perder a memória é terrível, não só para quem a perde mas também para quem ama essa pessoa.
Bela prenda!
Beijinhos, mz. :)
É tão bom reencontrar as amigas mais antigas!
Também tive um momento desses, este verão, no dia dos meus anos foi um dia memorável.
Espero que tenhas muitos dias como esse, beijinhos.
c.
Cada pessoa tende a "gravar" pormenores diferentes, talvez visões distintas do mesmo acontecimento. Juntar diferentes visões é tornar a viver o que ficou lá atrás. Sabe bem, tem o sabor da inocência quando se trata da infância.
Não existem amanhãs sem boas memórias
Bj
Esses são sempre bons momentos : recordar o melhor da infância!
É bom ter amigas assim e se vêm da infância melhor ainda:)
Beijinhos. Uma boa semana:)
É esse o espírito! não só do natal mas de todo o ano. Para a amiga em dificuldades de memória os meus votos de melhoras ou de, pelo menos, as coisas não piorarem.
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