No meio do cheiro a flores, dos ecos e murmúrios, pensava no
desejo da mãe que muito tempo antes de fazer oitenta anos, dizia sempre que
depois de fechada já não a abrissem mais. E assim se cumpriu.
O Frei tomou da
palavra e transformou a retórica numa visualização simples.
E comparou a vida a uma tenda. Uma tenda não é um
castelo, não é uma mansão nem mesmo a mais humilde das casas de alicerces
enraizados à terra. Uma tenda não é uma habitação permanente. Monta-se e
desmonta-se como se vive e se falece. E durante o tempo em que permanecemos na
tenda, todas as fragilidades passam por nós. Ela é frágil, verga com o vento,
desmancha-se com uma tempestade. E o vento, a chuva, o sol, o frio e todas
as adversidades dos elementos tornam-se nas adversidades da vida humana.
mz
fotografia: aqui
17 comentários:
Cumpridas todas as vontades.
RIP.
beijinhos
Olá, querida
Um post filosófico e cheio de quês a serem desvendados...
Bjm fraterno e ótimo fim de semana!!!
Gostei . E gosto muito de partilhar a minha vida contigo.
Gostei . E gosto muito de partilhar a minha vida contigo.
Desmanchou-se a tenda de vez, mas esse abrigo permanecerá eternamente dentro de nós.
Fiquei sem saber o que te dizer! com a minha mãe foi assim que aconteceu...
Bjs
E pensar que somos nós que vamos montando e desmontando a tenda...da vida!
Bjo*
Papoila,
foi.
Beijinhos
Rosélia,
obrigada.
Bjs
Carla,
isso é bom.
Rui,
um dia acontecerá o mesmo à nossa tenda.
Lilá(s)
lamento a perda da tua mãe.
Bjs
Mariavaicomasoutras
e sempre com alguém ao nosso lado, para o bem ou para o mal vamos montando a nossa "tenda".
Bj
O corpo físico é apenas uma morada onde habitamos por um certo tempo.
não temos aqui morada permanente
e simultaneamente, somos morada também
um abraço, Mz
Luisa,
de forma indirecta representa isso mesmo.
Manuela,
é ser e não ser e ter e não ter.
Um abraço para si também.
Enviar um comentário