Quando me sento à beira do rio, naqueles dias em que o sol é da cor de ouro, o Tejo é um fluido louro, um lingote aquoso onde vejo ondular o meu tesouro. Num olhar turvo com cor de girassol, corre-me um sonho recatado e quieto, um aconchego morno que vem de dentro e se funde com o aspecto. Nesta fusão, atrevo-me num aceno à ponte, à senhora alta. E na sedução, aquela que é passagem e que é aço, também amolece. Suspende a sua grandeza, deixa a sombra no lugar de sempre, e desce. Senta-se a meu lado e pasma. São vinte e quatro quilates de pura beleza. Não se compra, não se vende, não vai a licitar. É como a fé. É a proclamação de um sentimento único, um credo mouro e alfacinha desta cidade Lisboa.
mz
Imagem: fotografia do blogue, Diário de Lisboa
Grande elogio ao Tejo e à cidade de Lisboa. Adorei como a ponte se sentou a teu lado.
ResponderEliminarE não se compra, não se vende o teu talento para a escrita; ou se tem , ou não se tem. Gostei muito.
Talvez tenhas por engano um h a mais na primeira frase do texto...;-)
xx
Tens razão Laura, já corrigi e agradeço a tua atenção. Isto por vezes é escrever a fluir e uma vez por outra pode acontecer um erro gramatical.
ResponderEliminarSempre que acontecer espero que me avisem pois nem sempre uso o corrector automático.
Lisboa é linda!
:)
xx
Lisboa deve babar para o teu texto e o Tejo vaidoso nem se fala...também com 24 quilates é um lingote e tanto! Gostei da fotografia! já estive sentada no lugar do rapaz...é tranquilizante
ResponderEliminarBjs
Eu também já me sentei ali por perto e é de facto muito tranquilo.
ResponderEliminarLisboa é linnnnda! ;)
Bjs
uma prosa poética
ResponderEliminarque fica linda com a foto do diário de lisboa, blog
ficamos com o dourado no olhar
um abraço, Mz
Sobre a cidade Lisboa o Diário de Lisboa tem um "dom" no olhar que eu gosto e já são alguns os textos que escrevi com base nas suas fotografias.
ResponderEliminarUm abraço para si também.
xx
Quem ama Lisboa e o Tejo canta-lhes poemas ou temas engalanados de palavras doces, quentes e carentes desse ouro de que são feitos as tardes deste azul quente de Novembro.
ResponderEliminarÉ verdade Luís, encantadora e poética mas apenas para quem a sente.
ResponderEliminarEstive lá sentada, não me apercebi que andavas por perto! tenho que repetir...
ResponderEliminarBjs
;)
ResponderEliminarE o mais importante, não paga impostos observar tanta beleza. Beijinhos
ResponderEliminarChiuuuuuuuu! ;)
ResponderEliminarEles podem ouvir e lembrarem-se que ainda existem lugares em que a beleza visual ainda é pública e que ainda todos a podem usufruir gratuitamente...
Bjnhs