segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Inocência



Hoje lembrei-me de uma ideia tão estapafúrdia quanto inocente num tempo em que a adolescência ficava para trás. Um êxtase de vida ilusória de permanecer sempre igual. Jovem e feliz. A mesma casa para sempre. Os mesmos amigos. A convicção da eterna estabilidade. Foi um período de tempo de uma doce dormência, o mais curto que passou por mim. Quando me apercebi que nada disso seria possível, chamei-lhe a mentira do tempo suspenso.
 
 
Mz
 
 
 
 
Imagem: Tela de Odilon Redon
Pesquisa Google

27 comentários:

  1. Coisas da juventude isso.Linda lembrança...Mudamos, tudo muda...E como!!!beijos,chica

    ResponderEliminar
  2. Realmente passa de um dia para o outro...

    ResponderEliminar
  3. É quase uma passagem inconsciente...

    ResponderEliminar
  4. pode ser inocência ou a mentira do tempo suspenso

    ou a verdade da busca do tempo perdido

    como molhar no chá uma madalena

    foi disso que eu me lembrei ao ler o teu texto, Mz

    um abraço

    ResponderEliminar
  5. Em miúdo pensava que quando fosse grande iria ser diferente. E fui...

    ResponderEliminar
  6. Lembra-te por muitos anos e que a saudade da mentira de outros tempos te faça sentir que o presente é diferente dessa inocência mas é tanto ou mais rico pelo seu memorial...
    Bjo*

    ResponderEliminar
  7. Manuela Baptista à muito tempo
    que ninguém
    me fazia recordar
    as "Madalenas"
    deliciosas

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  8. Mariavaicomasoutras,
    sim, também concordo.

    Bj*

    ResponderEliminar
  9. Rui Pascoal,
    folgo em saber ;)

    ResponderEliminar
  10. Boa noite, MZ

    Há quem cante que só os diamantes são eternos.

    Eu gosto da canção.
    Gosto dos diamantes (Apesar de não alcançar um que seja.)

    Houve quem muito cedo -- Para a nossa geração (Bob Dylan) -- cantasse que os tempos eram de mudança.

    Curiosidade:
    Ambas as canções fizeram furor.

    É bom lembrar quimeras, ilusões, o que nos aproximou de uma certa ideia de felicidade.

    Tal como esses desideratos, também a ideia de felicidade evolui.

    O essencial é mantermo-nos activos e lutadores da busca desses momentos, instantes, o que desejar intensamente, de cada ideia de bem estar e felicidade.

    Agradeço a visita ao Guizo.
    Retribuirei.

    Saudações

    ResponderEliminar
  11. E as memórias serão até se perderem....

    Bem vindo ao Guizo e aqui também, claro!

    Abç

    ResponderEliminar
  12. OLha, olha andamos em sincronia!
    Bjs

    ResponderEliminar
  13. Um texto muito convidativo.
    Comparação de sonhos. Onde param ?
    A vida vai-nos ensinando e mesmo sabendo destas verdades devemos continuar a lutar e a acreditar.
    Tudo isto faz o acontecer dos nossos dias.

    ResponderEliminar
  14. Lilás, eu vou visitar-te e confirmar a tua afirmação :)

    Bjs

    ResponderEliminar
  15. Luis, eu também concordo.
    Sempre!

    ResponderEliminar
  16. O tempo não para, a vida não para, nada para, tudo muda, e o mais importante é tentarmos não mudarmos nós próprios e aproveitar as mudanças da vida e viver cada momento o mais intensamente que pudermos.

    Claro que já não pudemos fazer coisas que fizémos na juventude, mas isso não interessa nada, pois podemos fazer todo um mundo de outras coisas.

    P.S:escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico. Nem a língua para. Prederia como anteriormente (pára), mas isso não interessa nada.

    ResponderEliminar
  17. Um marasmo de vida se parássemos.

    Caro Utópico,
    a visualização de caracteres impede-me de fazer comentários ao seu post. Para quê complicar, algo que é tão fácil?

    ResponderEliminar
  18. E ainda bem que tal não é possível, seria horrivel fechar a porta a novas amizades, tendo de ficar sempre com os mesmos. Beijoca!

    ResponderEliminar
  19. Era uma doce dormência envenenada!

    Bj**

    ResponderEliminar
  20. Não me tinha apercebido de tal. Penso que retirei e que já deve dar.

    ResponderEliminar
  21. Esse período é realmente fantástico, parece que vivemos numa cápsula, que nos protege, como uma placenta invisível e suave. Será que quando nascemos a placenta não desaparece completamente. Será que se vai dissolvendo ao longo da vida?

    ResponderEliminar
  22. Ainda deve restar um bocadinho.

    Senão, ao que se deve o nosso lado infantil que se manisfesta tantas vezes nas coisas mais simples de estar na nossa vida?

    Eu acho que a cápsula não endurece totalmente.

    ResponderEliminar
  23. Estamos de acordo. A consistência dessa placenta é proporcional à nossa juventude, entendendo por jovem aquele que conserva capacidade de encantamento.
    Na realidade quando nos encantamos é como se estivéssemos envoltos numa espécie de liquido amniótico, num limbo, que permite sentir o que nos rodeia, de uma forma doce e suave. Filtrando o excesso e o supérfluo, provocando tranquilidade na nossa existência.

    ResponderEliminar
  24. Nem tudo é como se sonha nessa altura, algumas coisas são melhores, outras menos boas. Acima de tudo, crescemos.
    Indo passando, crescendo, apenas sinto falta dessa tal inocência...
    Beijos

    ResponderEliminar
  25. Concordo e gosto do que deixa aqui escrito.

    Obrigada por dar continuidade ao meu pensamento, ajudando sem dúvida, a enriquecer a ideia inicial que deixei ao publicar o meu post.

    ResponderEliminar
  26. Isa Lisboa,
    acima de tudo crescemos sempre conscientes de que essa inocência jamais voltará. Fica a doce nostalgia.

    Bj**

    ResponderEliminar

Saber que alguém me lê, é bom.
Retribuirei a vossa visita com muito gosto.Obrigada