domingo, 20 de maio de 2012

O Espírito




Tempo a tempos, o espírito pede-me idas à missa. Pediu-me hoje e eu disse que não.
- Hoje não te levo, hoje vamos os dois ver o mar.
E o espírito sossega por uma temporada. Depois vai voltar e dizer-me que a igreja ficou esquecida. E vai crescendo uma vontade de lhe gritar e chamar-lhe todos os nomes impróprios para um chato invisível.
- Meu caro, quando chegar a hora iremos os três. Eu, tu e uma estranha inquietude que não consigo explicar.




Fotografia do blogue The Lisbon Diary
Pátio D. Fradique (Castelo)


Original, escrito e publicado,
Mz

12 comentários:

  1. Parece-me que estás em tons de cinza!...
    Beijinhos

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  2. Eu consegui obter mais paz quando concluí que a missa me envenenava o espírito. Mas claro que isto são as palavras de um condenado...

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  3. Esse espírito é o bom...mas cuidado porque atrás de um bom há sempre um mau!

    Bjinho***

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  4. Lilás,
    azul cinza :)

    Bjnhs

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  5. Rafeiro Perfumado,
    acho que ainda não recuperaste ;)

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  6. Mariavaicomasoutra,
    também concordo!

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  7. Eu fiz um pacto com Ele.
    Falamos em directo e dispensamos intermediários e liturgias.
    E até vou de vez em quando a uma Igreja, pois sinto-me lá bem, em paz e até aproveito para falar com Ele...

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  8. pois eu neste domingo levei o xato invísivel à missa

    tivemos sorte, porque encontrámos outros inquietos como nós

    gostei, Mz!

    um abraço

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  9. João,
    acho que as igrejas são mais lugares do homem do que d'Ele...

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  10. Manuela Baptista,
    afinal, aqui já somos duas a levar o nosso "chato" invisível e a inquietarmo-nos.

    Um abraço:)

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  11. Belo belo belo mil vezes belo!

    gilberto
    nel mezzo del cammim

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  12. Gilberto,
    e eu mil agradecimentos lhe deixo.
    Obrigada!

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Saber que alguém me lê, é bom.
Retribuirei a vossa visita com muito gosto.Obrigada