Também morremos se o pensamento atrofia, por isso, escrevo para
afastar um certo medo de definhar. E escrevo um palco de actores vestidos a
rigor. Depois, a plateia de pé sem aplaudir e a escorregar cada vez mais num
verdete esperançoso. Lembro-me de alguém na banca das flores que diz que já não
se gosta de cravos e uma florista a responder que eles nunca fizeram mal a ninguém.
É tudo subjetivo ou então, uma forte convicção. Mesmo que não obtenha resposta, interrogo-me
de que são feitos os cravos de hoje.
Parece-me ver apenas meia flor. Nos fatos dos actores, bandeirinhas de
lata e gravatas verdes. Uma espécie de mise-en-scène. Acaso precisamos que nos
lembrem quem somos, ou quem as usa terá necessidade de não se esquecer que são
daqui e não de outras bandas?
De facto, nunca o verde esteve tão na moda e não me sai da
ideia um certo ambiente clubístico que dos cravos apenas mostram o caule, falta
muito do resto...
imagem: Tela de Gustav Klimt
Que bonito texto Mz. E tens tanta razão. Os cravos são feitos do mesmo que os homens... ontem e hoje...água e carbono... uns levam ao peito convições, outros, adornos de plástico. Os cravos, como os ideais, murcham se não regados mas numa lapela parecem todos iguais... Beijinho
ResponderEliminarMuito bem escrito, e...bem compreendido.
ResponderEliminarEva,
ResponderEliminare se murcham, "eles" um dia dizem; toma lá um de plástico ou de lata, para não dar muito trabalho e para "inglês ver"
Bjnhs
João,
ResponderEliminarhoje entendeu-me ;)
Entendi-o!
Acho que os cravos de hoje são importados da China...
ResponderEliminarRafeiro,
ResponderEliminaraté os cravos!
---um dia havemos de reinventar Abril....Hoje é o dia! (Amanhã, também:-)
ResponderEliminarBj*
AnaMar,
ResponderEliminarconcordo.
Bj*
do adn dos cravos
ResponderEliminarfica a música, antecederam os pianos de cauda
os de abril, antecedem ainda muitas interrogações
e interrogo-me contigo, Mz
um abraço
Manuela,
ResponderEliminarentão,
ficam os nossos
dois pontos de interrogação
entre muitos outros,
certamente.
Um abraço
O espírito de Abril está no pensamento...que não pode morrer nem murchar...abram-se por isso novos horizontes...e viva os cravo...seu símbolo
ResponderEliminarBeijo
Pedrasnuas,
ResponderEliminarviva o símbolo por inteiro!
Beijo
Continuo a gostar do cravo, tudo farei para que não murche...
ResponderEliminarBjs
Lilás,
ResponderEliminare vão duas.
Bjs
Um Viva aos cravos e tudo o que eles representam na democracia.
ResponderEliminarE já agora, um Viva a ti, bons olhos te vejam, quero dizer, leiam!