sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Um bocadinho de época e desejo de Boas festas.


Nos intervalos da chuva as vizinhas trocam hortaliças por tangerinas e ovos por nozes. Está tudo fresco, verde, arrebitado, e é de época. Já não se cortam pinheirinhos para levar para casa, mas nos caminhos da aldeia, as senhoras são hábeis nas suas bicicletas, e são fartas as ramadas de azevinho e cedro que equilibram nos cestos de vime dos seus transportes.

Este ano, o blogue faz esta partilha da aldeia, das coisas simples que aproximam as pessoas, e uma fotografia cá de casa, desejando que todo este brilho se materialize na Estrela-guia e me indique o verdadeiro caminho do Natal. 
A todos um feliz Natal. Boas Festas.



sábado, 30 de novembro de 2019

Lisboa em tempo de chuva.




Lisboa, Lisboa.
 Amanhã já é dezembro, e há tanto sol amarelo-ocre nas paredes.
Lisboa, Lisboa.



sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Birdwatching (8)



Todos procuramos o sol.


Pardal-comum fêmea juvenil  (Passer domesticus) - em observação de aves, e identificação com a credibilidade do Portal das Aves de Portugal

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Entre o sol e a chuva...








... nas curvas dos nossos lábios, esse vinho lá do Porto, nos beijou.


Vale do Douro,
Património Mundial da Humanidade pela UNESCO
Rota do vinho do Porto

sábado, 2 de novembro de 2019

Escuro.



O escuro irá sempre fazer parte de um dos maiores medos do homem. Ainda que destemidos, teremos uma ponta que se alongará na sombra mais curta. Numa livre conotação, temos o livre arbítrio, de inventar formas de nos divertirmos com o sombrio.  

Em dias que já passaram, eu diverti-me a fazer estas fotos P&B/ Penumbra.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Equilíbrio.


Não me canso das coisas que se arrumam em equilíbrio.
Não me canso de todos os dias.



sábado, 19 de outubro de 2019

Birdwatching, (7) Outono



Trazemos as cores do sol sem que tenhamos pedido
E nas asas, o voo que os homens cobiçam.



Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) e Tentilhão-comum (fringilla coelebs)
Em observação de aves, com a credibilidade do Portal das aves de Portugal

domingo, 13 de outubro de 2019

Momentos raros de Outono



Ainda me falta trazer-vos os pássaros de penas cor de laranja que andam por aqui a poisar nas laranjeiras. Da próxima vez, prometo. Hoje, uma bruma alaranjada da madrugada, ervas do campo ao final da tarde em momentos raros de Outono. Deixo-vos então, esta quantidade de cor surpreendente do nascer ao pôr-do-sol e uma lua que já passou. 


quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Outubro Rosa



Rosa,
agora que é outubro.
Espalho nesta cor, flores como laços que abraçam as mulheres.
A intenção do chamamento,
do alerta.
A prevenção.


*Outubro, mês internacional de Prevenção de Cancro da Mama*

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Até ao fim dos dias.



Trouxeram-nos lenha para o inverno. Grossos pedaços de madeira seca com conversas de mulher robusta, que sem se cansar, falou dos fogos, dos vizinhos, das doenças e do maldito cancro que lhe arrancou um pedaço de mama. É uma desenvoltura na língua, no bracejar da carga que deixou, e um desembaraço nas ordens ao marido de poucas falas. Arrecadou o dinheiro e abalou tagarelando palavras que já não conseguimos entender. 
Deliberadamente a exaustão da sobrevivência onde se arrancam pedaços do corpo e do planeta até ao fim dos dias.


quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Olhar as flores.


Regressamos de olhar esfalfado de tanto ver os sítios dos outros. Pedaços de mundo. São uma canseira, esses caminhos que escolhemos. Agora, na beira das escadas, serenamos a olhar as flores.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Conversas íntimas.





Como se entendêssemos os bichos, diríamos que têm conversas íntimas. 
Que se entendem com o olhar. 
Como se entendêssemos os bichos,  
juramos ver, 
que contam histórias para adormecer.


segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Suspende-se o tempo.








Seca e areada, pisamos terra como quem trinca açúcar com os dentes. As sensações e os sons do campo são infindáveis; naturais e mecânicos. Arredamos o milho alto como se fossem cortinas ásperas, e temos a nossa janela.  Suspende-se o tempo para o exposto que aqui deixo.