terça-feira, 1 de outubro de 2019

Até ao fim dos dias.



Trouxeram-nos lenha para o inverno. Grossos pedaços de madeira seca com conversas de mulher robusta, que sem se cansar, falou dos fogos, dos vizinhos, das doenças e do maldito cancro que lhe arrancou um pedaço de mama. É uma desenvoltura na língua, no bracejar da carga que deixou, e um desembaraço nas ordens ao marido de poucas falas. Arrecadou o dinheiro e abalou tagarelando palavras que já não conseguimos entender. 
Deliberadamente a exaustão da sobrevivência onde se arrancam pedaços do corpo e do planeta até ao fim dos dias.


8 comentários:

  1. Palavras de tristeza,tratando dessa doença que não para de vítimas fazer. TRISTRE! beijos,m chica

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  2. Bonitas fotografías, me gusta en especial la primera, por el juego de luces y sombras.

    Saludos.

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  3. A luta pela sobrevivência é muito cruel...
    As tuas fotos vestem bem as tuas palavras.
    Um post verdadeiramente outonal, quer em sentido real, quer em sentido figurado.

    Fico à espera de ver os teus registos mais coloridos, com as cores vermelhas das romãs ou das maçãs da porta da loja.

    Beijinhos de boas vindas
    (^^)

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  4. Adoro os olhares e o texto!?... uma bela surpresa! 👏

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  5. Immagini spettacolari di una natura che incanta. Molto belle
    Un caro saluto,silvia

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  6. Adorei as imagens!!


    Beijos. Boa noite

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  7. El mundo de las fotos es muy interesante
    solo se necesita mucha constancia

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  8. É uma maravilha achar
    a Natureza a gemer de vida

    Bonitas, MZ
    Bj.

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Saber que alguém me lê, é bom.
Retribuirei a vossa visita com muito gosto.Obrigada