sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A floresta na aldeia

Texto e fotografia,Mz



A aldeia com duas faces, uma moeda e dois cunhos diferentes. O rio, com toda a biodiversidade que lhe é característico e que vos tenho falado. Os arrozais, as cegonhas, as garças, os corvos, e os menos visíveis; os insectos, os répteis, os lagostins e toda uma vida submersa nos pântanos – verdes intensos e cheiros molhados. Depois, a floresta. A terra castanha e outro verde, aroma de musgo seco, pinho resinoso, o adstringente do malfadado eucalipto e os carvalhos com bolotas ainda pequeninas. Começa a despontar agora, a urze, que lá para Outubro, pela festa da Nossa Senhora do Rosário, parecendo milagre, lança pela terra infindáveis tufos de cor lilás. E ainda temos amoras nos lugares mais sombrios, esta selvagem doçura que nos seduz o palato; espinho e veludo, tal como a vida, uma moeda de duas faces e esta minha aldeia que vos conto, agora em Setembro.


9 comentários:

  1. As amoras fizeram-me sentir saudades de um tempo que já nõ volta.
    Bjs, bfds

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  2. Tão lindo e ver ao vivo tudo isso deve encantar olhos e coração! beijos, chica

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  3. Bom dia, maravilhosa natureza que encanta, desfrutar da mesma é fascinante, adoro amoras, na minha cidade existia muitas amoreiras selvagens, infelizmente abateram para dar lugar ao cimento armado, as fotos são lindas.
    Feliz fim de semana,
    AG

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  4. Excelente mz !!! Bonitas fotos !!!

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  5. Graças pelo teu bom gosto de não expores aqui os bichinhos e os insectos como fazes com as aves. Eu passaria pelo teu blogue a fazer esgares arrepiados... =) em vez disso, gosto das sinestesias, ao descreveres cores, cheiros e sabores, tudo numa assentada.

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  6. Obrigada a todos.
    As amoras conduzem-nos sempre às memórias de quem viveu, ou teve a oportunidade de as ver e provar um dia.São irresistíveis.
    :)

    Quanto aos insectos e outros, correndo o risco de perder visitas (como a Briseis) :) não prometo não publicar esses monstrinhos. Ficando já o fim de semana marcado por um feioso/belo Louva-a-deus.

    Beijinhos.

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  7. eu também gostava de ter uma aldeia :)

    assim qualquer coisa como vamos à terra em setembro e em muitos outros dias

    um abraço Mz

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  8. Terá outras coisas, Manuela.

    Obrigada, um abraço para si.

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  9. Em Setembro se faz a esquina entre dois solstícios. Nela perdemo-nos a contar.
    Bj.

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Saber que alguém me lê, é bom.
Retribuirei a vossa visita com muito gosto.Obrigada