Não me dou com a monotonia dos dias nem com a monotonia do
pensamento. Por isso, louvo a natureza em mudança permanente e o conceito das
estações que se reinventam e se manifestam em solstícios e equinócios. Dizem os
homens do campo, todos velhos, os que conheço, que falar do tempo é coisa obrigatória.
Dele, dependem as sementes que guardam e voltam a semear, tudo o que plantam e
colhem. E acreditam que em outubro, pega tudo e novembro é para semear; isto,
não é conversa vazia, é sabedoria. Eu gosto quando eles falam desta linguagem
rural enquanto numa marcha calma e seguros de si, equilibram as ferramentas no
ombro.
mz
fotografia do blogue Diário de Lisboa
Quinta da Alfarrobeira, Lisbon Diary