Enfeitam-se as pedras frias com um calor que não transcende jamais,
a dureza das perdas. É como se as flores que levamos retocassem os afectos e os
transformassem numa aguarela utópica. Um desejo de festa que resgate o inanimado,
em que quase fazemos deste feito, arte. Acendem-se as velas fúnebres e é nesta luz que
perduram falas tão silenciosas e tão íntimas, que apenas cada um sabe das dores
que sente.
mz
fotografia do Diário de Lisboa, blogger