Disseram-me um dia que não basta não sermos maus. Mais que
tudo, é determinante e imprescindível não parecermos maus. Disseram-me também,
que a melhor voz de comando dos valores entre o bem o mal é o livre arbítrio de
cada um. Hoje, nesta gota de país, a agitação e a rapidez de factos que se nos
deparam todos os dias, denunciam toda a índole escondida do individuo. E eu
cego de indignação, porque esperava mais de alguns que me são próximos quando
vejo explosões de racismo e incoerência que aparece como a chuva na época certa
e naturalmente, cai. É tudo muito 'sacana', quando se condena sem justiça, e se
aplaude alegremente; desde que a justiça não seja injusta quando bater às suas
portas e que não as melindre no seu ego, seu sustento e vénias em países
estranhos. Podemos não ser maus, mas ficamos a parece-lo, quando enveredamos na
onda dos amigos que são maus de verdade.
mz
imagem do ilustrador e artista plástico
João Vaz de Carvalho, pesquisa google