Do lado de fora da montra, o tio vestido de preto vai fumando
os pregos do caixão. E enquanto a aragem fria do início da noite lhe dá
chicotadas nas pernas, olha para o desfile de sapatos da loja nova que a nossa
amiga abriu hoje. É festa, e entre bandejas de petits
fours e flutes de espumante, o som do trompete dourado vai lançando
notas elegantes no meio do burburinho de conversas. Quando me vê, acena-me com
um sorriso comprometido pedindo desculpa num encolher de ombros. Maldito
cigarro!
mz
fotografia do blogue, Diário de Lisboa
Bonito texto, maldito cigarro.
ResponderEliminarAcontece todos os dias, meses e em todas as datas.
O homem degrada-se e mão vê como soltar-se destes grilhões.
"O som do trompete dourado", como gostaria de ter ouvido.
ResponderEliminarBeijo, mz.
O cigarro pode não combinar com saúde, mas combina com o trompete dourado :)
ResponderEliminarQue triste morrer saudável
ResponderEliminarBj
Às vezes, o cigarro é bendito... :)
ResponderEliminarBeijos, mz. :)
O cigarro, a carne, o chocolate, o café, os doces, a bebida ... que bela carpintaria!
ResponderEliminarDepois a praga dos parquimetros, taxas, impostos, televisão, publicidade, ... e natal, quando o que nós precisamos é de NATAL.
Bj.
belo texto...gosto do som do trompete...até dá pra desculpar o cigarro.
ResponderEliminarBrisas doces *