A homilia vai longa e eu, reconcilio-me com o
espaço. A igreja está mais vazia do que nunca, e ao fim de tantos anos, a
mudança na assiduidade é brutal. Com tanto espaço, as tias continuam a
sentar-se no mesmo banco, juntinhas como se tivessem medo do escuro ou da
catequese de antigamente. Eu, sentada lá ao fundo, concentro-me na imagem da Nossa
Senhora do Rosário com o menino ao colo, e penso que valeu a pena, ao fim de
tantos anos, voltar ali e olhar tudo de uma forma mais adulta. Eu sei o motivo
das esculturas barrocas já não irem nas procissões, e aqui sentada, emociono-me
com a arte e a arte, também me dá alguma fé.
mz
fotografia do blogue Diário de Lisboa,
"Emociono-me com a arte"... Um texto excelente, propício a outras leituras, a outras reflexões...
ResponderEliminarBeijo.
A arte consola-nos e eleva-nos.
ResponderEliminarUm beijinho, mz
A arte é um dos motivos que nos pode levar à igreja. E é um motivo tão bom como todos os outros. O que importa é que se vá e que se venha de lá melhor do que se entrou.
ResponderEliminarA arte pode provocar a fé, na verdade.
ResponderEliminarGostei do seu texto. Até parece que foi escrito dentro da igreja... as palavras pareceram-me sussurradas...
MZ, tenha uma boa semana.
Abraço.
O reconcilio com o que nos atormenta é sempre uma benção.
ResponderEliminarUma boa semana!
adorei o post! belíssima fotografia e lindas palavras.. :) beijinho enorme
ResponderEliminaradorei.
ResponderEliminarMomentos repousantes e de introspecção.
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