Começamos por abrir uma janela e olhar o mar. Sem
romantismos. Distraímo-nos com as marés cadenciadas, as construções dos molhes com
toneladas de pedra e os mastros cilíndricos das bandeiras. Vemos veleiros ancorados
que desafiam a física e vemos pessoas que caminham em passeios rectos ou curvos,
sentadas em esplanadas com mesas retangulares a saborear um vinho cheio de
complexidade de aromas. Assim, sem romantismos, tudo parece química e
matemática sem fim. Pegamos na máquina fotográfica e fotografamos este momento,
transformando-o numa imagem fixa. Uma fotografia estática. Mas nós queremos
mais do que isto. Deixamos a química e a matemática, guardamos a máquina
fotográfica, fechamos a janela e a porta de casa e descemos até ao mar. Assim,
sentamo-nos bem perto do mar, e num pensamento esperançoso, esventramos o seu
interior e descobrimos na magia, ainda mais magia. Divagamos e conspiramos,
especulamos os sonhos de um eterno recomeçar. Queremos a filosofia, queremos o
romantismo e a poesia para equilibrar a matéria exata. Contudo, o mar permanece igual.
mz
Ainda bem que o mar permanece igual...e continua sempre lá!
ResponderEliminarAdoro o mar:)
O mar é sempre o mesmo. A sua profundidade é que está dentro de nós. Neste caso, dentro de si e não a máquina fotográfica. Um texto muito bonito.
ResponderEliminarUm beijinho, mz, e um domingo feliz :)
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ResponderEliminar.
. e eu quero tanto . mas tanto . ser parte integrante deste texto fora de série .
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Belo texto, mz.
ResponderEliminarGostei da tranquilidade.
Não, não é magia, ela sente-se como o peixinho na água, tanto na prosa como na poesia.
ResponderEliminar:)
Boa semana!
Magnífico texto,gostei bastante,boa semana para ti!!
ResponderEliminarmz
ResponderEliminareu sei que não fui eu que escrevi mas este texto tem tanto a ver comigo, tanto...
obrigada pela sua partilha, pois faz-me bem, ler textos (curtos) e com tanta qualidade que é um talento seu.
boa semana.
beijinho
:)
Bom texto, gostei mesmo muito ;)
ResponderEliminarEliana,
http://around-eliana.blogspot.pt/
A magia pode estar no olhar de quem fotografa e de quem escreve.:)
ResponderEliminaresta é a matéria exata da poesia!
ResponderEliminardeixamo-nos capturar como os peixes