Das suas pernas de boneca, um balãozinho de tecido liso e
armado como a copa de um cogumelo branco. Toda ela era a inocência da vida.
Muito fresca e sem fungar, subiam-lhe tronco acima, malmequeres brancos bordados
de pétalas longas e salientes terminando este jardim em pequenas mangas transparentes,
como uma aragem morna de julho quente. Sem que ninguém lhe perguntasse, os
laços com Deus começariam aqui nas suas vestes brancas e sem entender, assim
estava a Aninhas enfeitada dando passinhos da fé de outros, onde o que lhe
interessava de momento, eram as lantejoulas prateadas dos sapatos.
mz
imagem: Kelly rae roberts
Que lindo te ler! Um encanto e doce! bjs, chica
ResponderEliminarObrigada Chica.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Bjs
Quando se é criança, é mais fácil criar laços com as lantejoulas dos sapatos :) Tão delicado o seu texto!
ResponderEliminarUm beijinho
É verdade, Miss Smile!
ResponderEliminarObrigada.
Descrição linda de uma boneca, a Aninhas, de carne e osso presumo. A descrição "dando passinhos da fé de outros" está perfeita a compor o ramalhete.
ResponderEliminarEu gosto de embonecar realidade.
ResponderEliminarA inocência de criança a dar os primeiros passos e a deixar que a guiem.
ResponderEliminar:)
Sim, estou certa que seguirá o caminho.
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