Arrebatador. É como um feitiço sem cor, e quando menos espero,
seduz-me de uma forma apaziguadora. Cinzento este que enxergo inexplicavelmente
como se fosse a palidez do mundo. Neutro. Sem tentações. Como o desligar de um
motor. Parar para escutar. Parar para ver. São outros sentidos. E perseguem-me
estes tons como um mandato poderoso de me reconciliar com o que quase deixo de
ver, ou que se tornou banal.
Em pequenas doses, não me deprime a ausência da
cor. Não me torno basalto ou xisto, fria por natureza. Opaca. Triste. O riso
não pára. Quiçá, talvez eu sorria brandamente, e sem querer me avizinhe da quietude.
Da paz. Atrevo-me a dizer que quando nos tiram a cor, não se morre.
Mz
Fotografia: Parque Florestal de Monsanto
Do Blogue de fotografia Diário de Lisboa
Bom dia
ResponderEliminarAs cores e a vida. Aquilo que ouvimos e mos faz vibrar.
A nossa aceitação e habituação de tudo o que nos rodeia.
Parece-me que nem todos se deixam dominar pelas cores cinzentas do "sempre foi assim"
Hoje mais do que ontem é preciso que eu saiba para onde vou e como vou sem permitir que a globalidade tome conta de mim.
LINDO! Não podemos morrer pela falta da cor. Mas ir atrás de novas nuances para vida... beijos,chica
ResponderEliminarPreto e branco não deixam de ser cores...
ResponderEliminarBonito texto. Muito sucinto e límpido.
ResponderEliminarDiferente do que tu descreves em sua percepção da ausência de cor, a letra da música sem cor trás outra perspectiva.
ResponderEliminarhttp://letras.mus.br/dr1ve/1722007/
Beijo
L.R.Coelho Coelho, ainda bem que nem todos nos deixamos dominar pelo "...sempre foi assim..."
ResponderEliminarChica, a falta da cor por breves instantes e que nos leve à tal nuance da existência de uma outra realidade.
ResponderEliminarBeijos e bom carnaval por aí :)
Rafeiro P.
ResponderEliminarNewton, ler Isaac Newton :)
Laura Santos,
ResponderEliminara fotografia guiou o meu texto.
Obrigada.
Carolina T.
ResponderEliminarAdoro essa música. Linda!
Perspectivas diferentes tornam o mundo muito mais interessante.
Beijos
Tem desafio para ti lá no blog. Ficas à vontade.
ResponderEliminarBeijos
A cor baralha e o excesso de cor dá náuseas. A magia do jogo de tonalidades tem tão mais encanto.
ResponderEliminarHá mesmo coisas em que a ausência de cor é preferível.
ResponderEliminarEmbora haja magníficas fotos coloridas, as obras primas da fotografia são a preto e branco.
E quantas vezes algo sem cor, se torna "colorido" pelas diferentes tonalidades do preto e branco e pelos contrastes que vai havendo...
Tudo depende dos olhos com que se veêm as coisas.
Carolina, vou espreitar, até já!
ResponderEliminarO Fulano, é como tudo... o que é demais enjoa.
ResponderEliminarBem vindo aqui.
João, sim, concordo. Depende dos olhos e também do estado de espírito no momento.
ResponderEliminarOi, você aí, cadê meu comentário? sumiu? coloquei ele direitinho disso tenho certeza, agora não o vejo! pirataria no Tejo será?
ResponderEliminarBjs
Oi, você aí, cadê meu comentário? coloquei ele direitinho disso tenho certeza e agora não o vejo!!
ResponderEliminarpirataria no Tejo será?
Bjs
avizinhamo-nos da paz
ResponderEliminarcomo a gota de água na agulha do pinheiro
um abraço, Mz
Lilás, só recebi este que saiu em duplicado :)
ResponderEliminarO Tejo roubou...
Bjs
Manuela Baptista, tu também sentiste isso!
ResponderEliminarAbraço
Manuela Baptista, tu também sentiste isso!
ResponderEliminarAbraço
A ausência da cor da-nos oportunidade a sonhar. Beijinhos
ResponderEliminarEu incluo-me nos que ainda têm sonhos, felizmente!
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