quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tudo Passa...



Hoje já não me zango contigo. Talvez apenas por momentos, mas depois passa. Tudo passa. Somos homens e mulheres diferentes e daí os amuos e as raivas, o encantamento e os abraços também.
Tudo passa... Passa o tempo, passa a vida mais cedo para uns do que para outros e, também nos zangamos com isso. Seria melhor uma vida a correr e, num instante, a idade, mais do que tudo, lembrar-nos que o fim se aproxima. Como um coto de vela muito usada quase sem pavio, um sopro que se apaga quando a vida já é frágil e os corpos têm de se despedir de outros corpos. Como um Verão que passa a Inverno sem nos recordarmos que tivemos um Outono pelo meio. Zangamo-nos mas aceita-se mais facilmente.
Tudo passa... A tristeza dos que ficam também vai passar, é como um luto que não é bem-vindo, mas é inevitável. Parece que a tristeza é contraditoriamente necessária, purga-nos do riso fácil e estúpido e, por vezes serve para nos lembrar como é bom alegrarmo-nos com as coisas verdadeiramente boas. Festejar a nossa vida, por exemplo.

Hoje, apenas me apetece dizer que Agosto não é tempo para ficar triste, nem doente e muito menos uma época para morrer às pressas. Parece que se enterra fruta madura.







Stone Roberts- Paintings & Drawings
Pesquisa Google



Com carinho
Mz

16 comentários:

  1. Lindíssimo teu sentir. Agosto nem Setembros, outubros,são bons pra morres sem ter vivido... Precisamos saudar a vida que há...E, realmente tudo passa...o tempo bom, o ruim, mas a vida segue...beijos,chica

    ResponderEliminar
  2. MZ tudo passa ou não. Quantas vezes pensamos que passa e fica uma sementinha que mais tarde se agigantesca e acaba por nos minar por completo. Beijinhos

    ResponderEliminar
  3. Lindas peras. ¨Parece que se enterra fruta madura.¨

    Um abraço afetuoso.

    ResponderEliminar
  4. Tens razão Chica.
    Obrigada,
    Bjs

    ResponderEliminar
  5. Brown Eyes,
    eu prefiro que não se alimentem sementinhas dessas. Não lhes dou água :)

    beijinhos

    ResponderEliminar
  6. Carolina,
    já imaginaste enterrá-las assim com todo este esplendor?

    Um abraço para ti também.

    ResponderEliminar
  7. Olá:

    Belissimo poema.

    Um beijo.

    Nita

    ResponderEliminar
  8. Agosto ainda não é tempo de olhar para o passado; lá por daqui a um mês, sim, é tempo de começar a ajustar contas com um Verão malandreco que a pouca gente agradou.

    ResponderEliminar
  9. Tens razão. Parece que a infelicidade é precisa para darmos valor à felicidade quando a temos... como em tudo, é necessário esse´contra-peso. E tudo passa realmente, não fossemos nós, como os ciclos na natureza e o planeta e tudo à nossa volta, feitos de carbono... o pó das estrelas comum a tudo que passa... Acredito piamente, que Deus nunca nos dá mais fardo do que aquele que conseguimos carregar... lembra-te disso Mary! Carregamos... e estamos vivos, e se quismos, sorrimos na mesma... (ou não). :) Beijos às duas.

    ResponderEliminar
  10. Ainda bem que aqui passei, ainda é tempo de acordar e viver com alegria os ultimos dias de Agosto.
    Beijos

    ResponderEliminar
  11. Nita,
    Uma reflexão. Um texto.
    Obrigada

    ResponderEliminar
  12. Pinguim,
    valha-nos a fruta madura!
    :)

    ResponderEliminar
  13. Eva G.
    o equilibrio... sem ele descambamos!

    Bjs

    ResponderEliminar
  14. Lilás,
    os de Agosto, Setembro, Outubro e Inverno... não nos podemos esquecer do sol de Inverno, tão bommmmmmmmmm!

    Bjs

    ResponderEliminar
  15. Agosto ou Setembro, vida ou morte, 8 ou 80 importa apenas deixar as nossas marcas, nem que seja à força... Hão-de lembrar-se de mim para sempre, nem que seja pelo mal! E viver assim.

    ResponderEliminar
  16. Johnny à nossa maneira ou à força das circunstâncias a maior parte das vezes. Acima de tudo e principalmente, VIVER.

    ResponderEliminar

Saber que alguém me lê, é bom.
Retribuirei a vossa visita com muito gosto.Obrigada